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Consumismo

Abordaremos aqui uma visão completa sobre o consumismo. Desde coisas fundamentais quanto seu conceito, até fatores psicológicos relacionados a compulsão, o que a propaganda e o nosso modo de vida interfere para consumirmos mais e mais.

Veremos adiante que esse comportamento é considerado destrutivo e interfere em diversos aspectos da nossa vida cotidiana.

O que é consumismo?

Conceitualmente, o consumismo pode ser considerado um modo de vida influenciado pela crescente propensão ao consumo compulsivo de produtos ou serviços.

Esse consumo desproporcional de itens ou serviços considerados supérfluos, está intrinsecamente ligado ao seu valor simbólico gerado pela mídia em todos os meios de comunicação possíveis.

Traço da sociedade moderna, é uma prática ligada ao expansionismo da globalização e do modelo econômico capitalista em que estamos situados.

A famigerada “Sociedade do Consumo” em que estamos inseridos promove massivamente o consumo desenfreado de serviços e bens, favorecendo principalmente o desenvolvimento econômico e o lucro das companhias envolvidas na cadeia consumista.

Esse modus operandis vem de longa data, originado no século 18, na Revolução Industrial, quando a fabricação de produtos teve um significativo incremento de produção, com a automação e sistematização de processos industriais. Com mais oferta de produtos, o ato de comprar ultrapassou a real necessidade de o tê-lo.

Nos dicionários, consumismo vem do ato de comprar, destacando a falta da real necessidade do comprador de o fazê-lo. Em suma, consumismo significa a compra excessiva de coisas que não são essenciais.

É preciso ressaltar que há diferença entre consumismo e consumo. Oposto ao consumismo, o consumo se caracteriza pela aquisição de bens fundamentais, como aquisição de comida e água por exemplo.

O que causa o consumismo?

O comportamento consumista é complexo e não tem uma causa única. Inúmeros fatores sociais e econômicos colaboram para esse padrão de consumo. Destacamos a influência massiva dos meios de comunicação neste processo.

Exaustivamente os meios midiáticos promovem mensagens persuasivas, algumas vezes de forma sutil e subliminar, incorporadas aos programas de TV, filmes, séries, desenhos animados e através dos influenciadores digitais, causando inconscientemente, muitas vezes, o impulso consumista na população que consome aquele conteúdo.

A publicidade tem um papel ativo ao criar cenários que associam bens de consumo e serviços a experiências desejáveis.

Quando falamos das mídias relacionada a internet, os meios de inteligência de máquina traçam com muita eficiência os avatares de todos os usuários ali presentes, identificando potenciais compradores e entregando as publicidades para as pessoas certas.

É sabido que o consumismo não é uma resposta passiva às mensagens recebidas pelos meios de comunicação, ela está relacionada também a fatores emocionais e psicológicos. O meio e o status social impulsionam a compra de itens supérfluos.

Muitos são os gatilhos mentais envolvidos nas estratégias das empresas para venderem mais e mais. Eles usam a favor deles os sentimentos dos consumidores como: desejo de pertencimento, gratificação instantânea, compulsão alimentar, distorção de autoimagem, status social, etc.

Essa previsibilidade do comportamento humano, na nossa sociedade capitalista, é peça chave para o consumo desenfreado ter alcançado os patamares que vemos hoje.

Alienação do Consumo

O consumo alienado é moldado pela grande influência das mensagens transmitidas pelas diferentes mídias. Como contexto, elas restringem padrões de consumo, induzindo as pessoas a se adequarem a elas.

As publicidades geradas, limitam a liberdade das pessoas a padrões impostos, que fazem parte de uma estratégia bem elaborada de propaganda e marketing.

Geralmente sem notar, as pessoas impactadas por esses gatilhos publicitários, são manipuladas a agirem conforme foram programadas.

Por definição, consumo alienado é a imposição de padrões de consumo, ditando regras de modismos, cerceando aos poucos a liberdade individual autêntica de escolhas personalizadas conforme a personalidade do indivíduo.

Compreender esse tipo de padrão de consumo é importante para nós, como indivíduos únicos, para fazermos escolhas mais acertadas e personalizadas aos nossos valores e gostos, limitando as abordagens e influências externas.

Diferença entre consumo e consumismo

Todo ser humano consome algum recurso, isso é intrínseco da condição humana. Todos os humanos possuem necessidades básicas para a sua sobrevivência. Higiene e saúde estão no pacote de sobrevivência.

Sabendo disso, é mais simples diferenciarmos o consumo do consumismo.

O consumo está ligado à aquisição de bens essenciais e necessários para sobrevivência e bem-estar. Já o consumismo representa uma forma patológica de consumo, caracterizada pela compulsão de compra em excesso e alienação de escolhas.

Em resumo, todos os humanos possuem traços consumistas, mas uma parcela da população possui comportamentos extremos de consumo de produtos ou serviços supérfluos, geralmente desnecessários. Nesse contexto, é essencial compreender a diferença entre comprar por necessidade ou comprar por impulso.

Essa distinção do que é fundamental e do que é fútil, é peça chave para uma reflexão mais consciente sobre nossos hábitos de consumo. Consumidores conscientes tem uma saúde financeira melhor e promove a menor degradação dos recursos naturais.

Como diferenciar consumo e consumismo no dia a dia?

As compras por impulso geralmente não tem compensação de longa data.

De maneira prática, antes de comprar algo, sempre se questione:

  • Realmente preciso adquirir esse produto ou serviço neste momento?
  • Essa seria a forma mais inteligente de gastar meu dinheiro?
  • Qual benefício esse bem/serviço vai trazer para mim ou para minha família?

Esse questionamento já eliminará a maioria dos gastos compulsivos que a maioria das pessoas possui.

Origem do comportamento consumista

O comportamento consumista tem sua origem enraizada na história humana. O advento da Revolução Industrial acelerou a produção e a oferta de produtos e bens de consumo.

Esta evolução tecnológica propiciou uma tendência consumista. Vinculando a ação de comprar ao poder aquisitivo, já que por muito tempo, consumir era um privilégio apenas das classes mais ricas.

A industrialização também causou um efeito adverso significativo, o afastamento das pessoas dos meios produtivos. Isso é, hoje se sabe muito pouco sobre como os produtos são produzidos, quais matérias primas são usadas e quais impactos ambientais são demandados para tal tarefa.

Essa ignorância causa alienação, base do consumismo desenfreado dos dias de hoje.

Outro fator importante foi o desenvolvimento econômico. As distâncias entre a classes foram diminuindo com o tempo, pelo menos virtualmente.

Hoje há um nivelamento e compartilhamento de desejos e comportamentos, onde crianças de diferentes situações sociais sonham com os mesmos brinquedos e passeios, e adultos de diferentes classes sociais compartilham dos mesmos desejos, influenciados pelos padrões de vida sugeridos pelos diferentes meios de comunicação, que incluem gostos e hábitos de celebridades e influencers.

A sensação de pertencimento e valorização social é um traço a se destacar nesse padrão comportamental. É vendida a ideia de sucesso e felicidade se for atingido determinado padrão de aquisição de bens.

Esse estado comportamental redefiniu as relações do ser humano com suas necessidades materiais.

Essa ausência de pensamento crítico sobre a compra de coisas é conhecida como “Alienação Social“.

Os canais mais comuns para a promoção da publicidade em massa destes padrões de consumo são:

  • Televisão
  • Jornais
  • Revistas
  • Filmes
  • Redes sociais e internet

São muitos os efeitos colaterais desta prática de consumo alienado na sociedade moderna.

Essa dinâmica tem acarretado diversos problemas para as sociedades modernas, incluindo o sentimento de impotência, frustração e insatisfação, já que consumir por consumir não supri esse buraco emocional sentido.

Erroneamente, a ideia de felicidade é vendida com a mensagem de “TER” ao invés de “SER”. Estereótipos e prejulgamentos refletem o pensar da nova sociedade.

Revolução Industrial

O chute inicial da Revolução Industrial se deu na Grã-Bretanha. Lá o ocorreu o desenvolvimento da sociedade de consumo como vemos hoje. Diferente da mão de obra escrava, os trabalhadores são a base e pilar da sustentabilidade da industrialização, consumindo os produtos produzidos.

Com o passar dos anos, a globalização intensificou e deixou mais uniforme a sociedade de consumo global, entre o século 20 e o século 21 o fenômeno também se espalhou pelo Oriente.

Conhecida como o milagre econômico britânico, na primeira fase da Revolução Industrial, o foco foram em produtos têxteis, se concentrando inicialmente na tecelagem de algodão, favorecendo a criação de grandes empresas.

Após a segunda guerra mundial, os Estados Unidos massificou o modelo de sociedade de consumo, porém, de forma surpreendente, o Leste Asiático gerou um modelo de produção a ser seguido e um mercado global para seus bens super baratos, criando uma revolução na sociedade de consumo em escala global.

Obsolescência programada

No período da Grande Depressão, entre nos anos de 1929 e 1930, surgiu a obsolescência programada. Esse conceito tinha como objetivo revitalizar a economia e promover a produção em larga escala e no consumo.

As práticas visavam o fomentar o consumismo, já que a produção dos produtos teriam um ciclo de vida útil predefinido e mais curto, tornando-os obsoletos, mesmo se estivesse em perfeito estado de funcionamento.

O Cartel Phoebus reuniu as principais fábricas de lâmpadas da Europa e dos Estados Unidos. A proposta era reduzir o ciclo de vida das lâmpadas de duas mil horas para mil horas. O objetivo era diminuir a durabilidade para vender mais.

Há dois tipos de obsolescências programadas:

  • Obsolescência técnica: caracterizada pela diminuição da durabilidade do produto, sendo que em determinado tempo o produto para de funcionar. Um mercado que usa essa técnica é o de lâmpadas.
  • Obsolescência psicológica: caracterizada pela sensação de insatisfação gerada por lançamentos constantes de novas versões daquele produto, ou novos produtos mais tecnológicos. O indivíduo vê a necessidade de trocar de aparelho, mesmo ele estando em perfeito estado de uso. Um mercado bem evidente que usa essa tática é o de celulares.

Existem movimentos em contrapõe essas práticas comerciais, como o movimento “Sem Obsolescência Programada (SOP)“.

Indústria Cultural

Fundamentalmente, a teoria da Indústria Cultural se traduz no consumismo e na valorização de bens materiais, sustentando a força motriz do capitalismo, incentivando o desejo nas pessoas por aquisição de produtos, mesmo sem precisarem deles.

Originado na década de 1940, o formato da Indústria Cultural continua relevante. Alguns estudiosos atribuem a introdução da tecnologia na produção cultural para a padronização de obras culturais em produtos.

No começo, pensava-se que o desenvolvimento das tecnologias produtivas iriam democratizar o acesso à cultura, permitindo seu acesso à mais pessoas. Porém, aconteceu o inverso, as pessoas perderam seu senso questionador e aderiram a ideias moldadas pelas empresas.

Hoje a Indústria Cultural é financiada por grandes companhias, que criam e espalham entretenimento por diversos canais de comunicação.

Os meios de operação são baseados na imposição de padrões de interesses e desejos para obter lucro, gerando padrões comportamentais de consumo.

A felicidade hoje é vendida pelo marketing através da padronização cultural em massa. O modus Operandis é a alienação, sugerindo aquisição de produtos à felicidade, alimentando um ciclo de consumo sem controle e em excesso.

Pesquisas feitas no mercado Brasileiro apontam que boa parte das pessoas adquirem bens de consumo para aliviar o estresse e melhorar o humor, evidenciando a influência direta da Indústria Cultural.

A cultura e o entretenimento se tornaram ferramentas para fomentar o alto consumo e o alto lucro das empresas. As elites geraram ideais, e sutilmente difundiram pontos de vista sobre o mundo e seus preconceitos, controlando a população pelo consumo de forma quase imperceptível.

A cultura virou mercadoria e um meio de alienação muito popular.

O que é consumismo infantil?

Desde muito cedo, as crianças são introduzidas ao meio consumista através dos canais de comunicação mais populares existentes hoje, como a Televisão e a Internet.

A sociedade contemporânea induz ao consumismo infantil quase que no automático. Os inputs de publicidades existentes nos vídeos do YouTube, nos desenhos dos canais infantis e nos games mais famosos estão gerando mais e mais crianças com desejo de consumir.

O fenômeno influencia as crianças a desejarem ter coisas e serviços. E esse gatilho é mais perceptível nos pequenos pois eles tem dificuldade em lidarem com a frustração.

A vontade insaciável em ter, está gerando um problema comportamental mais profundo, desencadeando irritabilidade e desconexão com as pessoas ao redor.

As famílias precisam se atentar a compra ligada à satisfação pessoal, pois isso gera uma reação negativa nas crianças.

É importante identificar e abordar o quanto antes os sintomas do consumismo infantil, para evitar problemas futuros.

Comportamentos excessivos e compulsivos podem ser reflexo de carências emocionais nos pequenos, a ânsia em preencher vazios emocionais. Os pais e tutores precisam prestar atenção a esse tipo de comportamento e fazerem uma autorreflexão dos seus próprios comportamentos para com as crianças.

Como dizer não para os filhos? Dicas para os pais lidarem com o consumismo infantil

É necessário estabelecer limites para as crianças, e dizer NÃO para elas é fundamental para seu desenvolvimento, pois molda sua personalidade e as prepara para os desafios e frustrações impostas pela vida cotidiana.

Negar com firmeza demonstra todo o cuidado dos pais para com os seus filhos, e também possui o poder de acalmar os pequenos, pois eles têm os pais como modelos a serem seguidos.

Dar limites evita o transbordamento emocional causado pela compulsão de ter ou fazer coisas, causa alívio emocional neles.

Os pais tem um papel importantíssimo, o de dar exemplo, ser a referência. O consumo desenfreado em casa influencia diretamente a criança que ali vive. Rever as atitudes da família é de suma importância para promover uma forma de consumo consciente.

É fundamental educar as crianças para darem valor nas relações pessoais, nos momentos em família. Não em coisas! Essa é uma forte ferramenta para a criança lidar com as frustrações geradas em querer ter.

Mudar as atividades da criança ajuda na redução de exposição a mensagens midiáticas, que a induzem ao consumismo. Opte por idas aos parques ao invés de ir ao shopping ou centros comerciais por exemplo.

Controlar o tempo de tela também é essencial. Ajuda a reduzir a exposição das crianças a propagandas. Em suma, dê bons exemplos, tenha uma presença mais próxima das crianças, demonstre afeto e dê atenção a elas e fundamentalmente, limite sua exposições a telas.

Consumismo Compulsivo

O consumismo compulsivo é a busca de alívio emocional através da compra por impulso, e tem fundamento em um comportamento irracional, ancorado somente nas emoções vigentes naquele momento.

Há uma falta de ligação entre o produto/serviço comprado com sua real necessidade. Geralmente são itens supérfluos. Esse comportamento precisa ser investigado e avaliado por especialistas.

Quando o alívio da ansiedade está vinculado ao ato de comprar, e quando reside um forte sentimento de tenho que ter, ou preciso muito comprar isso, o ato se desvincula da necessidade de uso do produto, e é um forte indicio de compulsividade, sendo necessário pedir ajuda médica.

Descreveremos a seguir tais sintomas e suas causas.

O consumismo pode ser considerada uma doença?

Sim, o consumismo pode ser considerada uma doença quando a ação de comprar está associada a satisfação ou ansiedade, essa forma patológica de consumo revela-se como compulsão.

O ato de comprar nessa condição é prejudicial ao bem-estar, pois afeta a saúde emocional, relações sociais e a saúde financeira.

Na literatura existem duas patologias associadas ao consumismo: a Síndrome de Diógenes e a Oneomania.

Síndrome de Diógenes (SD)

A Síndrome é caracterizada pela predisposição à acumulação compulsiva de objetos (colecionismo), muitas vezes de coisas desnecessárias. Onde o indivíduo cria laços sentimentais com eles. Nesta patologia, desapegar de coisas se torna uma tarefa árdua, pois os itens acumulados atendem a várias necessidades emocionais momentâneas do indivíduo.

A avaliação desta síndrome deve ser feita e tratada por um profissional da saúde especializado. Seu tratamento pode ser ministrado por um psicólogo ou psiquiatra. A terapia consiste em combater os efeitos nocivos da compulsão.

Oneomania

A Oneomania é um transtorno obsessivo-compulsivo por comprar. As pessoas com esse comportamento, encontram nas compras, um alívio temporário para suas dores emocionais.

A Oneomania, também conhecida como “doença da dívida“, acomete mais mulheres (cerca de 4x mais). Aproximadamente 3% dos compradores compulsivos possuem essa patologia.

Esse comportamento gera uma série de problemas, sendo o mais severo, o grande endividamento e problemas sociais com familiares. É um ciclo vicioso difícil de ser quebrado, já que tem características evidentes de vício.

Indivíduos com essa patologia compram por impulso, tem um claro arrependimento pós-compra, vivem endividados e apresentam comportamentos compulsivos. O isolamento social também é uma característica forte, podendo desencadear outros transtornos emocionais, inclusive a Síndrome de Diógenes.

Se assemelhando ao alcoolismo, vício em outras drogas ou vício em jogos e cassino, o tratamento da compulsão precisa do acompanhamento de um profissional especializado. A terapia pode ser feita em grupos de apoio, assim como é feito no tratamento do alcoolismo.

Existem grupos de apoio como “Devedores Anônimos”, neles existe um programa de 12 passos com 12 tradições. Nos moldes dos Alcoólicos Anônimos, o grupo visa auxiliar no controle do vício em compras. Veja no google se em sua região há algum grupo disponível. A literatura de tratamento tem como base os conceitos do “Debtors Anonymous (DA)” .

É importante buscar um atendimento psiquiátrico adequado, o profissional irá ditar qual o melhor caminho a ser seguido.

Como Evitar o Consumismo Desenfreado?

Para evitar o consumo compulsivo desenfreado é preciso que a pessoa admita que precisa de ajuda, para que tenha um acompanhamento psicológico adequado. E isso pode ser feito observando os próprios hábitos de consumo, focando no autoexame e identificando padrões consumistas prejudiciais.

As terapias irão dar as ferramentas necessárias para frear esse comportamento nocivo e autodestrutivo.

O Psicólogo ou Psiquiatra irá te dar o suporte médico necessário para o sucesso do seu tratamento.

Caso o perfil de consumo ainda não seja considerado compulsivo, a pessoa basta rever seus comportamentos e influências seguidas. Se pergunte: Preciso mesmo comprar isso?

Consequências do Consumismo no Meio Ambiente

O consumo agressivo tem inúmeras consequências ao meio ambientes. Listamos brevemente algumas das mazelas deixadas pelo consumo em excesso.

Impactos ao Meio Ambiente

Estamos consumindo mais recursos naturais que a nossa grande mãe Terra é capaz de prover.

Podemos listar inúmeros problemas associados ao consumismo, tais como:

  • Aquecimento Global: As indústrias com a crescente demanda de produção, emitem cada vez mais gases do efeito estufa;
  • Poluição Ambiental: O consumo demasiado de coisas, gera exageradamente resíduos, e descarte indevidos de produtos poluentes, como o plástico e baterias.
  • Obsolescência Programada: Gera uma série de problemas ambientais relacionados ao acúmulo de resíduos eletrônicos (mais comum);

Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 92% da população do globo mora em lugares onde a qualidade do ar está aquém do padrão de qualidade recomendado.

Outro fator, é a crescente produção de lixo, relatórios atuais revelam dados alarmantes sobre o assunto.

Impactos Sociais

A busca pelo prazer momentâneo, pela felicidade vendida na propaganda de margarina, desencadeia, se não forem interrompidas no começo, patologias como a Oneomania e a Síndrome de Diógenes.

Esse tipo de comportamento está em desarmonia com os vínculos sociais dos indivíduos. Pessoas com essa características acabam gerando problemas familiares graves, tanto em relação à saúde financeira de casa, quanto ao acúmulo e a falta de higiene onde vivem, em casos mais extremos.

Compras como válvula de escape, para compensar o vazio emocional, e satisfazer a depressão sentida, gera um ciclo destrutivo, acarreta em comportamentos patológicos crônicos.

A sociedade como um todo tem um desafio complexo pela frente. Ela terá que equilibrar o modelo econômico vigente, com as necessidades humanas e ambientais.

O que sabemos, é que da forma como estamos agindo hoje, só estamos acelerando o processo de destruição em massa da biodiversidade e recursos naturais da Terra. Impactando diretamente nos efeitos das mudanças climáticas.

Impactos econômicos

Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), 78.3% das famílias no Brasil estão com dividas. Sendo que dessa fatia da população, 29.1% estão inadimplentes.

O consumismo em excesso tem protagonismo no cenário das finanças familiares, já que 46% dos inadimplentes admitem que compraram produtos desnecessários.

Quando analisada todos os fatores envolvidos, como desemprego, baixa renda e o alto custo de vida, agravam a situação de endividamento das famílias. A falta de educação financeira, gastos compulsivos e a falta de planejamento, são a “cereja do bolo” das dívidas.

O problema é tão grave que afeta a qualidade de vida da população como um todo, reduz o poder de compra das famílias e acarreta no aumento de transtornos mentais.

Como objetivo, afim de solucionar esta questão, políticas públicas devem promover o consumo consciente e um melhor cenário econômico, com mais emprego e melhores condições de vida para as pessoas.

Impactos econômicos no orçamento mensal

Muitas vezes, o baixo orçamento familiar, somado a falta de dinheiro, e compras compulsivas, acarretam consequências desastrosas no planejamento familiar.

Utilizar o cartão de crédito como alternativa nestes casos, sem mensurar as consequências do gastos, pode gerar um grande problema no orçamento familiar, já que não pagar na integra o cartão, gera juros abusivos na ordem de quase 10% ao mês, em muitos casos.

Como ação, o correto é fazer um planejamento fixo de gastos essenciais, e sobrando dinheiro, deixar uma pequena parte da verba para futilidades e uma maior parte para uma reserva de emergência.

Impactos econômicos no Endividamento

Quando a saúde financeira está baixa, ela afeta também a saúde emocional das pessoas. É fundamental usar o crédito de forma consciente, e se puder, nem usar.

O endividamento só pode ser combatido com disciplina e com a geração de novas fontes de renda. Combater o consumismo é uma das formas de combater o endividamento.

Visando Prioridades e evitando o consumo supérfluo

Viver na plenitude é saber organizar a vida em todos os setores. E a vida financeira é parte fundamental dela para que tenhamos tranquilidade.

O consumo supérfluo de produtos, acarreta em desequilíbrio financeiro. Estudos de consumo no Brasil apontam que praticamente a metade dos consumidores endividados admitem que 66% das suas compras não eram essenciais.

Resistir ao bombardeio de mensagens de consumo, fugir dos modismos, e apontar para o futuro com planejamento, tentando equilibrar os gastos com itens necessários, é o caminho para fugir do endividamento e da falta de fôlego financeiro.

São os pequenos furos que afundam os navios, por isso, corte os gastos que não são necessários (mesmo que pequenos) e dê prioridade ao que importa de fato.

O que é consumo consciente?

O consumo consciente é aquele feito com consciência, planejado. É uma decisão tomada usando critérios como necessidade e poder aquisitivo.

Fatores ambientais estão envolvidos. Entender como o produto é produzido, se ele prejudica o meio ambiente, se ele é sustentável, no sentido da cadeia produtiva não esgotar recursos naturais.

Essa reflexão sobre o motivo do consumo, quem produziu e como produziu aquele produto, quem trabalhou e como trabalhou, que tipo de resíduo vai causar esse produto quando for descartado e todos impactos envolvidos, fazem parte de um pensamento consciente.

A sustentabilidade é a base do consumo consciente. Refletir se seu comportamento de consumo está afetando a sua comunidade como sociedade, o meio ambiente e está promovendo desenvolvimento econômico, faz parte do consumo consciente.

Busque mais informações sobre o tema, e sempre que puder, adote o consumo consciente de bens e serviços. Cada ação é necessária para uma mudança comportamental da sociedade como um todo.

Perguntas Frequentes

O que falar sobre o consumismo?

Sobre o consumismo, podemos falar que tem relação direta ao consumo de bens e ou serviços em excesso e de forma desnecessária, e de forma irracional muitas vezes. O consumismo é a base da sociedade capitalista globalizada, que prega o consumo a todo custo, usando estratégias de marketing para alienar as pessoas, e manipulá-las da forma que acharem mais conveniente.

Como o consumismo afeta a sociedade?

O consumismo afeta a sociedade de muitas maneiras, tais como destruição do meio ambiente, aumento de casos nas pessoas de transtornos mentais como, ansiedade, depressão, síndrome de diógenes e a oneomania, endividamento da população e redução da qualidade de vida como um todo.

Qual é o problema do consumismo?

O problema do consumismo gera uma série de transtornos na população, tanto no que tange a parte emocional, quanto a financeira. O consumismo é protagonista nos problemas ecológicos como o excesso de produção de lixo, desmatamento, aumento de produção de gases de efeito estufa entre outros.

Quais são as causas do consumismo?

As causas do consumismo são inúmeras. O consumo em excesso gera problemas sociais, problemas financeiros e problemas ambientais. E pode gerar patologias compulsivas mais graves nos indivíduos. Por isso, é importante adotar um consumo consciente.

O que acontece com os jovens no consumismo?

Os jovens estão mais suscetíveis as mensagens publicitárias que vendem padrões de beleza, ideais de vida e status sociais a serem alcançados. São mais influenciados a consumirem sem necessidade.

Os jovens consumistas podem desenvolver uma série de comportamentos compulsivos que desencadeiam a frustração, ansiedade e muitas vezes depressão. Nestes casos mais severos, é de suma importância deixar seus pais cientes e procurar ajuda psicológica.

Por isso, é importante sair da bolha dos modismos, e ver o consumo como algo saudável, consumindo produtos de forma consciente, refletindo sobre tudo o que rege sua ação de comprar.

Qual a taxa de consumismo no Brasil?

A atual taxa de consumismo no Brasil está em 105,2 pontos. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é conferida todos os meses pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O índice indica a intenção de consumo dos Brasileiros e um bom nível de satisfação. [Fonte]

Quais são os 3 países mais consumidores do mundo?

A lista dos países mais consumidores do mundo está composta pelo Estados Unidos em primeiro lugar, seguido pela União Europeia em segundo lugar e em terceiro lugar a China. O Brasil atualmente se encontra na nona posição do ranking. A lista possuí 202 posições. [Fonte]

Conclusão

O consumismo é um sério problema comportamental da sociedade moderna. Ele acarreta uma série de problemas, e no cenário atual, põe em risco o futuro da raça humana.

O consumo consciente é o único caminho para a preservação dos recursos naturais. O uso sustentável das matérias primas é fundamental para preservar a qualidade de vida das futuras gerações.

Bruna Carvalho Rodrigues

Sou redatora profissional, já trabalhei para portais grandes ao redor do mundo. Tenho especialização em escrita focada para e-commerce, com foco no consumidor e em produtos de qualidade. Meus maiores hobbies são a leitura e maratonar séries.
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